Pré-natal é direito de gestantes e ajuda a evitar parto prematuro; veja relatos

  • 18/11/2025
No Brasil, o pré-natal é um direito assegurado por lei para todas as gestantes, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele inclui o acompanhamento de médicos, especialistas, exames e consultas. Além de garantir a saúde da mãe e do bebê, o pré-natal é fundamental para evitar um parto prematuro. Quando a gravidez é de risco, a mãe tem direito a receber um tratamento diferenciado. O assunto é tema da série de reportagens Prematuros: Quando o amor chega mais cedo, da TV TEM, que vai ao ar no TEM Notícias 1ª Edição. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp A professora Rutiely de Carvalho Costa faz o pré-natal no postinho perto da casa dela. Mas como ela é diabética e o primeiro filho dela nasceu prematuro, a cada 15 dias ela também passa por consultas no Ambulatório de Especialidades do Hospital de Base (HB) de Rio Preto. Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto (SP) Divulgação O hospital é referência para 102 municípios da região e, depois da maternidade de Campinas, é o que mais concentra números de leitos obstétricos e de UTI neonatal em todo o Estado. “Na minha primeira consulta, quando a doutora pediu os exames, que eu fui lá, que ela olhou os exames, ela falou que eu estava bem descontrolada, mas que agora eu tinha que enfrentar essa batalha e eu tinha que seguir tudo à risca. Então aquele medo que eu estava sentindo, aquele desespero que eu estava sentindo no momento em que eu descobri, aliviou”, relembra. “O nosso acompanhamento da Rutiely inicialmente foi feito pensando tanto no diabetes da parte do controle glicêmico, foi necessário a gente introduzir a insulina para controle da glicemia, controle de peso fetal e também precisamos fazer o procedimento de cerclagem nela, no qual a gente faz como se fosse um laço no colo do útero com a intenção de conseguir segurar a gestação o máximo possível, tentando levar até próximo do termo”, explica a médica ginecologista e obstetra Carolina Amorim. Mas, mesmo com todos esses cuidados, pode ser que o bebê nasça antes do tempo ideal. É o chamado parto prematuro, que na maioria das vezes ocorre sem aviso prévio. Ele requer uma preparação do centro cirúrgico e da equipe de profissionais muito mais complexa do que num parto convencional, já que se trata de um bebê que ainda não está completamente desenvolvido. Benjamin nasceu com apenas 24 semanas em Rio Preto (SP) Reprodução/TV TEM Benjamin nasceu com apenas 24 semanas. Prematuro extremo, lutou na UTI neonatal durante nove meses de internação, bem durante a pandemia, como relembra Rutiely. “Ele fez a primeira cirurgia dele, ele fez no coração, ele fez bem no pico do Covid, tava tudo alastrado. Quando ele fez a cirurgia do coração, ele tinha 980 gramas, porque ele nasceu com 572, então ele tinha 980, deu para esperar até isso, ele falou que não podia esperar mais. Eu nunca imaginei nessa força, jamais imaginei em toda a minha vida que eu teria essa força. Quando eu olho para ele, todas as vezes que eu olho para ele, eu vejo a mão de Deus”. Agora, aos cinco anos, o garoto é um exemplo de que as sequelas deixadas pela prematuridade podem ser superadas com atendimento multidisciplinar. Como o pulmão era muito fraco, ele precisa da ajuda da traqueostomia para respirar melhor, e ainda assim aprendeu a falar. Embora tenha um atraso pedagógico, não teve sequelas neurológicas. Benjamin nasceu prematuro em Rio Preto (SP) Reprodução/TV TEM Os seis meses internado na UTI neonatal já fazem parte do passado, e a mãe tem muitos sonhos e planos: quer que ele seja um jogador de futebol "de milhões", ou um médico: "Dr. Benjamin". "É isso que eu espero para a vida dele, que ele consiga alcançar os objetivos dele, a gente conversa muito com ele, a gente explica muita coisa, e quando ele crescer, ele vai contar a história dele. Ele vai poder contar: eu nasci de 24 semanas e eu passei por isso, por isso. Já pensou ele em faculdade de medicina e contando: eu sou um prematuro extremo, eu consegui, eu venci. É gratificante. Para o coração de uma mãe com tanta fé, nada é impossível.” 🤰Gravidez gemelar ou tardia aumentam chances de prematuridade Eloi e Vivian seguram as filhas quadrigêmeas no colo no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) em Rio Preto (SP) Eloi Richarti/Arquivo pessoal Se para a chegada de um prematuro é preciso toda essa logística de cuidados, imagine então quando são quatro de uma só vez. Uma experiência que a Viviane Carla Papaini Richarti, de Olímpia (SP), lembra com detalhes. Ela teve quadrigêmeas prematuras que nasceram de 28 semanas. “Era uma gestação de altíssimo risco e foi até o quinto mês, foi bem tranquila. Depois disso eu já comecei a inchar bastante, já parei de trabalhar, porque eu trabalhava na época e já tive que me afastar do trabalho e ficar mais quieta, um pouco mais de repouso. E aí a gente conseguiu chegar nas 28 semanas e um dia”, conta. O médico ginecologista e obstetra Carlos Eduardo Ferreira, que fez o pré-natal e o parto de Viviane, conta como a equipe se organizou para que as meninas viessem ao mundo. “Foi uma operação de guerra que nós fizemos. Como eram nenês muito prematuros, a gente precisou deixar muito organizado em relação aos neonatologistas e a gente sabia que tinha uma nenêzinha muito pequena”. Quadrigêmeas Lavínia, Laura, Helena e Heloísa nasceram em Rio Preto (SP) Eloi Richarti/Arquivo pessoal A Lavínia foi a primeira a nascer. Era a menorzinha, com 500 gramas. Depois foi a vez da Eloísa, que pesava 840 gramas. A terceira foi a Helena, com 800 e por último, a única que não estava na mesma placenta, a Laura, que veio ao mundo com 908 gramas. As quatro irmãs ficaram 100 dias na UTI neonatal, um período que nunca vai ser esquecido pelos pais. “"Eu lembro a primeira vez que eu entrei na UTI. Eu lembro que eu entrei ali lavando as mãos, já encontrei uma enfermeira e perguntei onde estavam as meninas. Ela disse que era o pai das quadrigêmeas. Eu falei que elas estavam lá no final. E ali, eu acho que foi a caminhada mais longa da minha vida”, diz, emocionado, o pai, Eloy Richarti. Quase um ano depois, pai, mãe e a família inteira se desdobram para cuidar das meninas, que estão cheias de saúde e muita disposição. “Ah, é a melhor coisa do mundo. É um grande presente que a gente ganhou, são quatro bênçãos em nossas vidas. Graças a Deus, bem espertas, andando já, adoram um colo diferente”, celebra Viviane. Eloi e Vivian seguram as filhas quadrigêmeas no colo depois da alta do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) em Rio Preto (SP) Eloi Richarti/Arquivo pessoal A gravidez gemelar aumenta o risco de um parto prematuro. Assim como muitos casais, hoje em dia, a Viviane e o Eloy se casaram mais tarde. Ela tinha 38 anos quando eles decidiram ter filhos. Depois de tentarem engravidar naturalmente, o casal recorreu à fertilização in vitro. A gestação tardia também é um fator de risco para a prematuridade. De acordo com o IBGE, de 2010 a 2022, o número de brasileiras que se tornaram mães após os 40 anos cresceu 66%. Mas além dessas questões, outras causas podem contribuir para um parto prematuro, segundo a coordenadora da UTI neonatal do HCM de Rio Preto (SP), Marina Lania Teles. “Para um bebê nascendo prematuro, a gente pode ter tantas causas relacionadas à mãe. A mãe que tem diabetes, descompensa, a mãe que tem doença hipertensiva e a pressão sobe muito e a gente não consegue controlar. Então esses partos acabam acontecendo de maneira prematura, mas por indicação da mãe”, detalha. “Tem as indicações do bebê, então às vezes um bebê que parou de crescer dentro da barriga ou que entrou em trabalho de parto mesmo prematuro, esse bebê nasceu por algum motivo que ele quis nascer. Às vezes a infecção materna também faz com que esse bebê nasça de maneira prematura”. Exame feito por Viviane Papani, que comprova que a gestação era de quadrigêmeos em São José do Rio Preto (SP) Arquivo Pessoal 👶🏻🏥 Prematuros: Quando o amor chega mais cedo Reportagem e apresentação: Gridânia Brait Produção: Juliana Barriviera Imagens: Eduardo Durú, Francisco Braúna, João Serantoni e Cuca Sereguetti Edição de imagem: Mônica Silva Edição de arte: Guilherme Orsi Edição de texto: Juliana Barriviera Edição de texto web: Eric Mantuan Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba PREMATUROS: veja a série da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2025/11/18/pre-natal-e-direito-de-gestantes-e-ajuda-a-evitar-parto-prematuro-veja-relatos.ghtml


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